Texto: O POETA O SER HUMANO E EU

O POETA O SER HUMANO E EU

Querer saber as coisas é uma das vontades que move a sociedade humana, às vezes a descoberta frustra meio mundo. Às vezes ela define uma nova realidade. Às vezes ela concentra capital, destrói famílias e enfileira absurdos. Acho que seria legal começar este texto por uma parte da música da banda. “Legião Urbana”. “Índios”. Mas vou deixar no momento certo encaixo a parte que faz bem a esta anedota que escrevo. As pessoas se confundem tentando descobrir ou separar por miúdos as coisas. Outro dia em uma conversa quase me precipitei a tentar explicar a divisão invisível entre: o poeta, o ser humano e eu. Não se separa esta coisa, não tem como o fazer embora em alguns momentos eles ajam separados estão juntos numa mesma pessoa. Longe de mim esta precipitação, mas aqui entra uma estrofe da música Índios: “Quem me dera Ao menos uma vez. Entender como um só Deus Ao mesmo tempo é três. Esse mesmo Deus Foi morto por vocês. Sua maldade, então. Deixaram Deus tão triste”. (Legião Urbana). Assim como a Entidade Divina esta centrada no Pai, no Filho e no Espirito Santo. Em só uma pessoa esta centrado o poeta, o ser humano e eu. Só que, o poeta é quem da nome e vida as emoções estravassadas através dos textos. O ser humano é a materia prima que liberta os sentimentos para que o poeta em palavras defina o ato. Eu? Eu sou porra nenhuma. Eu? Eu sou nada não. “Quem me dera Ao menos uma vez. Acreditar por um instante. Em tudo que existe. E acreditar. Que o mundo é perfeito. Que todas as pessoas. São felizes.” (Legião Urbana).

(Lucimar Simon)