Texto: EU QUERO MAIS É DEVANEAR

EU QUERO MAIS É DEVANEAR

Então, devaneando pela vida eu vou, então, devaneando sigo, assim meio que louco. Bicho solto na vontade de devanear. Devanear a saudade, devanear carinhos, devanear sonhos sem limites, devanear você. O que será que mais gosto? O que será que me deixa mais a vontade? O que será que melhor me define? Qual realidade nós propomos atender? Aquela que suplicam os vermes do queijo? Ou aquela que implicam seus corpos em ninhos de passarinhos feridos? Não sei se me contento com as verdades ou se me saliento com surdinas e vaidosas mentiras. Mentiras contadas pelo tempo, confirmadas pelos astros e realizadas por meu subconsciente que muito, mas muito louco. Sigo meu infame e degenerativo caminho, infame pela encruzilhada, degenerativo pelo tempo que não espera e nem se arrasta, que nos conserva sábios ou débeis em sua leitura e releitura. Às vezes nós propomos a fazer muitas coisas que nem sabemos se damos conta. Não quero que acredite, não quero que fique em duvidas, não sou dono de nada, não sou desprovido de tudo, mas pensando bem, não quero nada, não tenho tudo, não quero nada mesmo. Eu, EU QUERO MAIS É DEVANEAR.

(Lucimar Simon)