Texto: SINAIS II

SINAIS II

Sim, as palavras foram ditas, e as respostas vieram, algo os impediam? Não, nada os impediam, logo então a troca de poltronas, uma curta espera, ela toma a iniciativa e vai sentar-se ao lado dele. Sentiu a timidez na sua pela, sentiu o olhar mais próximo e os lábios molharam com a saliva acumulada pela vontade de beijar (hum, muito curioso também fico com a boca cheia de saliva quanto sinto vontade de beijar um sorriso), mas não foi simples assim e continuavam, de onde pra onde? Quando e quanto? Você vai? Eu vou, legal, nós vamos. Idades pra que? O importante já foi dito, somos homens e mulheres, sabemos onde isso vai chegar? Não, não sabemos porque não somos nós e sim eles, eles vivem esse momento. Sim querem saber? O beijo aconteceu, foi tão logo ele tocou seus loiros cabelos e num súbito movimento aconchegou-se na poltrona e disse “seus olhos são lindos, e adorei teu sorriso”, ela como diria os nordestinos se avexou toda, porém não deteve quando ele aproxima e toca teus lábios. Beijo simples. Claro ele não quer ser impaciente. Um toque. Apenas um toque bem leve, segue os olhares seguem as palavras, seguem os SINAIS.

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(Lucimar Simon)