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quarta-feira, 6 de março de 2013

Texto: MEU NOME SEU NOME

MEU NOME SEU NOME

Outro dia! Outro dia não! Hoje lembrei quando revi. Revi quando procurei em fotos não antigas. Estava ali marcado, cravado em baixo relevo, mas registrado em uma imagem. Meu nome seu nome figurava o espelho concavo esférico da máquina fotográfica. Reli, revisitei as lembranças, as palavras, as verdades, as imagens. Elas diziam coisas, berravam por momentos. As imagens meu nome seu nome ainda estão ali na palmeira cravados, marcados em baixo relevo, ali na imagem central. Meu nome seu nome e uma data. Meu nome seu nome, nossos sonhos, nossos dias e tardes maravilhosas que após o passeio seriam recolhidas em nossos lençóis. Corpos ardentes, suavam, tocavam-se, uniam-se, afastavam-se, balançar singular do ato de amor. Balançar singular do ato de prazer. Eu, você... Unidos, separados, juntos, sozinhos em pensamentos alheios. Por que não nos confortamos? Por quê? E os nossos nomes ainda estão ali, postos um frente ao outro. Estão postos ali um complementando o outro. E nós estamos onde? Se não estamos mais como naquelas tardes envolvidos em nossos lençóis? Estamos assim. Feito nossos nomes em baixo relevo. Apenas ali soltos, sozinhos, em baixo relevo.

(Lucimar Simon)

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