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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Texto: JUSTIÇA SEJA FEITA II

JUSTIÇA SEJA FEITA II

A delegada investigada pela polícia por possível conduta irregular após prender quatro vendedoras que a negaram a troca de um short em uma loja, pode ter agido de forma questionável em outra ocasião. Ela teria dado voz de prisão a um jovem de 26 anos depois de uma briga de trânsito. O motorista Cizemar Souza Moraes teria passado seis horas detido em um banco da delegacia de Novo México após discutir com a delegada Maria de Fátima Oliveira. Ele afirma ter prestado queixa do caso na Corregedoria da Polícia Civil.

Segundo Cizemar, tudo aconteceu no dia 12 de maio de 2008. "Eu tinha acabado de fazer uma entrega para a empresa e estava passando pela Reta da Penha. Naquele dia estava tendo greve de ônibus e o trânsito estava um caos. De repente uma Kombi, que estava fazendo lotação, parou na minha frente. Para não bater, eu joguei o carro para a esquerda. Foi quando essa delegada apareceu", conta o motorista. Segundo ele, a manobra brusca não chegou a causar qualquer acidente. Quando o fluxo seguiu e ele voltou a dirigir, percebeu que estava sendo perseguido. "Essa mulher aparecia na janela do carro me mandando parar. Eu não ia parar. Nem sabia quem era ela. Ia parar para qualquer um que me mandasse? Não. Segui até que ela me fechou e já desceu do carro mostrando a carteira e me dando ordem de prisão", afirma.

O motorista conta que foi levado para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória. De lá, foi colocado em uma viatura, conduzida pela própria delegada. No calor forte e apertado dentro do carro, ele teria sido forçado a acompanhar Maria de Fátima enquanto ela resolvia "pendências" pela cidade. "Ela me mandou calar a boca, não me deixava nem eu explicar que não parei porque não sabia que ela era delegada. Daí ela me levou com ela para resolver uns problemas, ela precisava liberar um carro que tinha saído para a delegacia dela, de Novo México. Quando ela resolveu tudo, me levou para a delegacia", explicou.

Segundo Cizemar, ele só foi libertado seis horas depois de preso, quando os advogados da empresa dele conseguiram o localizar. "É engraçado que eu soube desse caso das meninas presas pela minha irmã. Ela me contou e eu disse: 'pode ver que o nome dessa delegada é Maria de Fátima'. Fomos conferir e não é que era mesmo? Ela se acha super poderosa. Agora eu só espero que seja feita Justiça", pediu. Cizemar foi indiciado por direção perigosa. Ele afirma que deu queixa na Corregedoria da Polícia Civil e foi chamado para depor duas vezes. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), a queixa de Cizemar não consta entre os três processos respondidos pela delegada na Corregedoria de Polícia. O motorista pretende reapresentar a denúncia.

Retirado de:
http://www.ejornais.com.br/jornal_folha_vitoria.html

(Lucimar Simon)

Um comentário:

  1. Adorei essa sua forma de denuciar e propagar mais ainda as informaçoes, muito bom meu jovem, parabens pela iniciativa.

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