O NEGRO: UMA VISÃO HISTÓRICO-SOCIAL
Falar sobre a etnia negra, não se pode fazer sem falar sobre a escravidão. Não se pode falar sobre o negro sem dizer que ele foi explorado, furtado em sua pátria mãe, e acorrentado a uma terra desconhecida, onde seus corpos e almas não os pertenciam mais. A escravidão de fato juridicamente encerrou-se em 13 de maio de 1888 com a decretação da “Lei Áurea”. Mas a discriminação, o preconceito, a exclusão do negro da esfera social sempre estiveram ativa e ainda esta presente em nossa atualidade.
E hoje como o negro é reconhecido historicamente? E hoje como esse negro é mencionado na história brasileira? Ainda hoje a historiografia brasileira está presa em uma visão deturpada da história do negro. O negro nos livros didáticos e nas narrativas está sempre preso a velhos conceitos, está sempre relacionado à escravidão, aos castigos corporais, quando um negro é mencionado numa página de jornal é nas páginas policiais ou nos esportes, ainda bem que nos esportes se destacam e com grande honra.
A sua liberdade não foi conquistada diz a historia, foi cedida pelo homem branco que reconhece não mais ser viável, a humanização do negro lhe foi presenteada, logo a condição de ser livre foi dada pelo seu senhor. Os livros a historiografia não dão respaldo a sua resistência, a sua luta. Com essa visão, como pode o negro criar sua identidade? Como pode o negro se reconhecer e se compreender dentro da sua virtude? Como pode o negro querer ser negro numa sociedade onde o preconceito velado o prende as correntes invisíveis, mas que são sentidas entre as frestas de janelas ao passar numa rua fora de seus espaços comuns.
Como ser negro numa sociedade onde os próprios negros querem ser brancos? Como ser negro onde os próprios negros não se reconhecem como negros? Pesquisas são deturpadas os conceitos e denominações mudam durante o tempo. Um dia eram escravos sem almas, depois pretos, logo após negros e agora a denominação atualizadíssima, chamada “afros descendentes” chique não? Agora os negros são afros descendentes. A denominação mudou, mas a visão social não. Complicado não? Muito complicado.
(Lucimar Simon)
Assuntos Acadêmicos, Poesias, Músicas, Textos Diversos, Análise Cotidiana, Contos, Reflexões, Piadas, Pensamentos, Devaneios, Estudo em Geral.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Texto: O NEGRO: UMA VISÃO HISTÓRICO-SOCIAL
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6 comentários:
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Muita coragem tratar deste assunto assim se expor em prol de uma causa desta. causa justo afirmo. boa amigo é vc é mesmo muito bom e foda nas palavras.
ResponderExcluirabraços
J.K
Se Deus fosse negro, será que os preconceituosos ainda o sentiriam?
ResponderExcluirUma opinião particular minha, a todos os negros e descendentes, se amem, busque seu lugar ao sol,conquiste seu espaço, afinal todos nós nacemos para vencer não regredir.
Cota universitária! Na verdade para que serve isso? Uns dizem que é para "cobrir" as discriminações e preconceitos sofridos pelos negros antigamente.
ResponderExcluirInfelizmente não conseguimos corrigir nossos erros com outros erros, seria coerente propormos projetos para diminuir o preconceito no futuro e não nos esforçarmos para aumentar. Será que quem sugerio este projeto e quem aprovou-o não entende que isso trata-se de discriminação? Se fosse negra, e seria uma honra, ficaria muito ofendida com esse "prêmio de consolação", que não passa de migalhas, o negro merece mais respeito. Um negro foi eleito presidente de um país branco, será que um negro não é capaz de concorrer como todos e assim ingressar dignamente em uma universidade? Isso é absurdo! Temos que preservar a importante imagem do negro na história do Brasil e do mundo. Se um branco é capaz, um negro é capaz. Se um negro é capaz, um branco é capaz.Isso sim é igualdade, essa cota universitária deve ter sido fruto de uma imaginação hipócrita e preconceituosa. Não passa de pura ignorância.
Seja lá quem for que inventou essa cota, não tem moral para sonhar com um mundo sem preconceito, estigma e discriminação.
Quanta hipocrisia!
Ana Maria Lopes dos Santos
Ana Maria, quando temos coragem de postar uma critica a alguma coisa, devemos conhece-la minimamente.
ExcluirVocê algum dia por acaso se deu ao trabalho de ler a lei de cotas para universidades ? Conhece os requisitos mínimos que uma pessoa tem que preencher para poder concorrer pelas cotas ?? Você é mais um daqueles que acha que poderiam concorrer pelas cotas raciais os filhos do Pelé, do Alexandre Pires, do Joaquim Barbosa e etc ?? No seu texto está escrito que os negros sofriam discriminação antigamente. Em que Brasil você vive ? Eu respeito a opinião de todos, mas ao menos tenha um mínimo de conhecimento de causa para falar de um assunto de tal importância.
Cotas não são premio de consolação, cotas são instrumentos agora previstos em lei para reparar prejuízos históricos (mutilações, assassinatos, açoite,, sequestro, escravidão) sofridos por milhões de seres humanos de pele Negra durante 400 anos em senzalas e desde então nas ruas de pequenas e grandes cidades do Brasil.
Marcelo NegroDrama
Oie esta otimo seu texto me ajudou muito em um trabalho qe deus te abençoe sempre...
ResponderExcluirJakceane Oliveira
Que bom mocinha, volte sempre... boa sorte
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