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sábado, 16 de maio de 2009

Texto: PARANDO PARA PENSAR

PARANDO PARA PENSAR

Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho, eu gravaria com metal no meu corpo teu desenho, outro dia parei olhei para o lado atravessei, alguém não acompanhou e pela pista teu sangue, teu sangue ficou, foi horrível olhei para frente não podia voltar, à aglomeração foi incessante alguém ligou, o “Samu 192” chegou, o corpo recolheu e a vida? Não sei se foi interrompida. Não sabia ainda neste momento. A minha ainda segue, mas para que seguir?

“Diga a verdade ao menos uma vez na vida você se apaixonou pelos meus erros”. E agora? Acabou a esperança que não lhe dei... A chance que não tinha com esse que não sabe mais amar ninguém... Passou sem perceber onde seria... Deixa para trás, esqueça, isso machuca, dói, faz sofrer, esqueça, não se limite a mim, siga... Siga, viaje, se divirta, reze, pense se tudo foi bom, mas não se arrependa, fuja, fuja, continue fugindo para longe, não mereço você.

E a ambulância saiu em disparada por um transito que não flui. Filas e mais filas, aglomerados de carros no horário de maior pico, mas que horas são? Estou atrasado, não importa onde vou chegar não tenho tempo marcado, mas não devo ficar, o passo deve ser largo. A sirene soava alto, e os carros se encostavam para dar passagem, sim se encostaram, outro acidente, piora o transito, mas que dia, eu queria ter acordado as 04:00 da manha, mas acordei as 05:00, não mudaria, ou mudaria o mundo, mudaria o mundo, se eu pinchasse seu nome dizendo...“Te amo” em todo muro? O muro seria o painel e em teu dedo eu poria um anel de borracha que comprei na rua.

Assim a ambulância saiu soava forte e longe a sirene, que não aceitava mais ser ouvido por meus ouvidos, ora porque? Porque a distancia não era só física era mais, muito mais que isso, deixa pra lá, não devo comentar se não volto a você, e não quero lembrar que poderia um dia amar ou não amar, deixa esquece, vou terminar por aqui, sem dar maiores explicações, mas devo salientar a garota tinha 23 anos e não sobreviveu devido à demora para receber o atendimento e os procedimentos médicos necessários a garantir tua vida, como soube disso? Como soube disso? Ela estudava na sala ao lado, na sala ao lado, ela não estuda mais, não estuda mais...

(Lucimar Simon)

4 comentários:

  1. “Diga a verdade ao menos uma vez na vida você se apaixonou pelos meus erros”

    Eh amigo... Ngm se apaixona pelos nossos erros. As pessoas qrem pessoas perfeitas e somos imperfeitos, mas naum vamos nos sentir culpados por isso. Todos cometemos erros alguma vez na vida.

    Estou de volta! E com uma nova cela!
    Abracaum!

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  2. O que pensar quando vc escreve? que dom... e este mesclado de sentimentos com a realidade ficou otimo. mas em a garota morreu mesmo? este texto contem verdades ou é pura ficçao?

    nao sei pq pergunto...
    ja sei a resposta...

    Beijos Claudinha

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  3. O autor aqui relata duas cenas, uma em que um personagem descreve sobre algum relacionamento e outro o de um acidente no qual fala sobre a morte de uma jovem. Na primeira leitura que fiz foi assinm que vi, porem ao reler mais vezes, imaginei se o autor não estive-se usando uma metáfora, e na verdade os dois assuntos fosem o mesmo...a morte da jovem e a morte de um relacionamento...
    Não é a primeira vez que o autor pergunta atravez de seu personagem sobre o fato de alguem lhe amar totalmente, incluindo seus erros...Bem mas será que ele realmente já fez esta pergunta??
    As vezes a pessoa o ama mais do que ele imagina...
    Beijos, ótimo texto.

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  4. Parabens Val, aqui vc pegou a alma deste texto, otima interpretaçao como sempre, um grande beijo...

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