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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Texto: ANDARILHO

ANDARILHO

Aonde esta você, além de aqui dentro de mim... Hoje, porém, sinto a tua presença, pois a saudade a traz de volta. Não sei caminhar sem você estrada da vida que guia meu caminho, sou andarilho da paixão, caminho sem rumo. Quero chegar sem ilusão ao lugar onde os andarilhos da paixão repousam depois de incansavelmente buscar sem alcançar sua inútil paixão, que dias atrás o decepcionara dizendo a ti um único não. Sou andarilho da paixão.

Menino louco, bicho solto, deixando sua família aos oito anos de idade, indo viver sua vida pela vida, oh vida porque me perguntastes se sou feliz, eu caminho por mim mesmo e vivo sem medo, a não ser o medo de ser infeliz, medo de ser infeliz carrego debaixo da sola de meus gastos sapatos, sem saltos, sem solas para está a mesma atura hoje e outrora, sou andarilho deste mundo, sou andarilho da paixão, devo seguir este caminho?

Minha bagagem uma grande mala, mas nela não há artigos de luxos, ou roupas caras, nem jóias, apenas uma passagem pela vida serena de um homem, menino lobo e louco que vive e sobrevive de sua própria ingratidão. Devo seguir este caminho? Ser fiel aos meus conceitos ser menino direito, que os pais não educaram e nem ensinaram que nessa vida não se pode amar, ao menos que se saiba o significado da palavra “Amor”. Sou andarilho da paixão, não sei. Um andarilho saberia? Sou andarilho...

Sou andarilho da paixão caminho por necessidade vivo por vontade, estou aqui a fazer o que os pássaros fazem antes de serem golpeados pelo garoto malvado com sede de sangue alheio, menino malvado volte para casa, esconda o pássaro e diga que se divertiu vendo o bater de suas asas enquanto ainda caia da árvore de jabuticabeira a beira do caminho por onde o andarilho passava. Sou andarilho da paixão...

Sou andarilho da paixão, por esta vida que o cada dia me flerta com um olhar diferente, me chama, me convida a uma cama aquecida a um preço de banana, mas quanto vale uma banana após três dias de estradas onde apenas em seu estomago tenha passado água das folhas do mato desta selva de pedra que engole devora e exige que sejamos fieis a qualquer preço, que sejamos fieis a seus interesses. Eu quero, não nego esta cama, mas não vou, pois sou um andarilho da paixão, sou um andarilho da paixão... Da paixão pela vida querida...

(Lucimar Simon)

2 comentários:

  1. Boa noite...
    Acho que o personagem, está tão acostumado a viver sozinho sem ter que depender ou ter alguem dependente dele, que não consegue pensar em ter de novo alguem para viver junto dele.
    Está tão acostumado em receber não, que se esquece que o não todo mundo já tem e o sim quer vir é lucro.
    Está tão acostumado com as bofetadas que a vida lhe dá, que se esquece que um carinho pode curar muitas feridas.
    Está tão acostumado em amar e não ser amado, que se esquece que pode ser amado e não amar.
    Está tão acostumado em caminhar sozinho por está estrada da vida, que se esquece que pode ser melhor ainda tendo um par, alguem que realmente esteja talvez pela primeira vez disposto a lhe segurar a mão.

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  2. Estive aqui,gostei muito do texto e confesso.
    Não sei se conseguiria ver o mundo sobre o ponto de vista deste personagem.
    Acho que fica mais evidente a emoção do narrador, que me parece encontra neste,algo de sua própria identidade,sei lá!
    Muito bom,Fique com Deus garoto!
    Abraços,seu amigo!
    Sidney,

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