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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Texto: O PASSEIO DE TREM

O PASSEIO DE TREM

Momentos assim poderiam ser inigualáveis, ao sair da estação estando bem confortável numa cadeira reclinada, um livro a mão, bagagem? Quase nada fora à vontade e a saudade, mas esta queria extrapolar, mas a confio dentro do peito, e a gola fechada da camisa a mantém segura por mais algumas horas, que seriam poucas, mas à vontade e o desejo as transformam em milhões de minutos intransponíveis antes dos 60 segundos.

Às vezes sim às vezes não vivo estes momentos, mas quando sim ou quando não? Se, queres explicação tome o trem às 07:00 da manha e vá até onde seu coração mandar ai saberá do que estou falando. Muitas vezes ao ler o texto querem sentir o que o escritor sente. Saia do sofá ou de sua cadeira confortável e vá até onde o poeta foi ter aquele momento intransferível à não ser pelo descobrimento da leitura ou ao ver o teu olhar.

O trem apita, não há mais tempo para explicações, me aconchego no assento, abro livro e leio na primeira linha... Em busca de algo um viajante... Não vou continuar a narrativa se não perceberas meu gosto por leituras, porém o trem já passava algumas centenas de metros e a contagem regressiva era acompanhada pelo meu coração nas batidas longas e espaçadas.

Passando por diversas estações, mas enfim seu destino final fecho o livro pego minha bagagem de amor e desejo por encontrar, desço as escadas entro por uma via saio em frente á rua, olho para um lado e outro, não a vejo, não a encontro, me desespero? Não, apenas acordo com o livro em uma das mãos e o lenço em outra para enxugar esta lágrima que rola em meu rosto.

Neste momento percebo que não partira para um encontro, mas sim saíra de uma triste despedida, não era um encontro, um primeiro encontro e sim um último da noite anterior. Por qual caminho devo retroceder e contar esta aventura de amor? Não, não vos digo, pois não tendes o direito de saber porque sofro, mas não posso eu também omitir completamente este fato. Sofro porque amo na imbecilidade de não poder amar. Amar somente por não Amar o Amor. Assim, nessa impossibilidade terminou. O PASSEIO DE TREM.

(Lucimar Simon)

2 comentários:

  1. Entre no trem as 7:00 da matina, e saia as 10:00, numa pequena cidadezinha chamada BG, na pequena estação terá alguem a te esperar que quer te ensinar a amar....

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  2. Que coisa emmm? Tudo isso por um passeio de trem, obrigado pelos comentários.

    Na verdade não sei se a impossibilidade de amar está na pessoa ou no ser humano, essa relação se completa quando você sabe o que é o amor, e as vezes sente a dor que ele pode causar.

    O poeta, o escritor ama, com a sua mentalidade racional, não dispensa os valores tratados pelo amor, mas os cuida porque ou ja caiu ou não quer cair nas armadilhas do amor.

    Não amar e não se permitir ser amado, pode deixar um vinculo doloroso, porém é como ser uma "virgem" com poderes mágicos, que desaparem ao por ventura do destino ela se entrega ao amor carnal.

    Eu amo a vida...

    Muito Obrigado

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