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sábado, 6 de dezembro de 2008

Texto: IMPACTO AMBIENTAL VETA BAOSTEEL EM ANCHIETA

IMPACTO AMBIENTAL VETA BAOSTEEL EM ANCHIETA

A siderúrgica Baosteel não será mais implantada no município de Anchieta. A Avaliação Ambiental Estratégica realizada pelo Estado apontou que o empreendimento chinês acarretaria um impacto crítico para o meio ambiente e a infra-estrutura das cidades de Anchieta e Guarapari. Os estudos apontam que as condições hídricas e atmosféricas atuais da região já estão no limite das condições permitidas pelos órgãos ambientais.

A secretária estadual de Meio Ambiente, Maria da Glória Abaurre, explicou que, referindo-se ao abastecimento de água, a instalação da Baosteel provocaria um aumento da demanda para o público e para a agricultura ocasionando com isso a ultrapassagem do limite máximo permitido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e se aproximando do limite físico do rio, ou seja, quase o utilizando completamente.

O Secretário Estadual de Desenvolvimento, Guilherme Dias, afirmou que a implantação da Baosteel em Anchieta comprometeria o desenvolvimento social do Estado por conta dos fortes impactos que ela traria para o município.

Itapemirim e Presidente Kennedy, ambos no Sul do Estado serão apresentados pelo Estado aos chineses como opções para instalação da siderúrgica. De acordo com o secretário de desenvolvimento, os dois municípios têm condições de abrigar o empreendimento. Todavia a Baosteel terá que construir um terminal portuário para movimentar a produção da siderúrgica. Em Anchieta, a empresa utilizaria parte do porto de Ubú.

A Baosteel, por meio da assessoria de imprensa, comunicou que não irá se posicionar enquanto não for comunicada oficialmente pelo Governo do Estado. A Vale, que tem parte no empreendimento, comunicou que não irá fazer nenhum tipo de declaração, pois é minoritária no investimento.

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2008/11/36364-impacto+ambiental+veta+baosteel+em+anchieta.html


Reflexão sobre o assunto

O que realmente esta por trás da decisão do governo de vetar a instalação da empresa no Estado? Esta é a pergunta que não quer calar. Será que um empreendimento tão grande como esta empresa não teria que ter feitos esses cálculos ambientais antes de se confirmar a sua instalação? E o que garante que Itapemirim e Presidente Kennedy, ambos no Sul do Estado serão qualificados para sua instalação? Não serão afetados ambientalmente? Tem água suficiente? Seus recursos hídricos não serão comprometidos?

Olha, acho que algo esta por trás desta decisão, pois mesmos aliados do governo e pessoas influentes também ficaram surpresos com esta decisão. A vale não quis se pronunciar alegando ser minoritária nas ações da Baosteel, pela primeira vez a Vale não se pronuncia quando seus investimentos estão sendo afetados. Interessante. “Mas a Samarco e as instalações da Petrobrás não serão comprometidas e estão garantidas”. Que coisa em? Um motivo?

“Itapemirim e Presidente Kennedy, ambos no Sul do Estado serão apresentados pelo Estado aos chineses como opções para instalação da siderúrgica”. Ah! Itapemirim e Presidente Kennedy são apontados como lugares que poderia ser instalada sem comprometimentos. Será? O Rio Itapemirim tem água suficiente? E a poluição ficará só sobre o céu de Itapemirim ou Presidente Kennedy? Maravilha então. Não quero mais minério entrando pela minha janela e narinas.

“Os dois municípios têm condições de abrigar o empreendimento. Todavia a Baosteel terá que construir um terminal portuário para movimentar a produção da siderúrgica. Em Anchieta, a empresa utilizaria parte do porto de Ubú”. Motivo? Um novo terminal portuário não seria má idéia.

Ainda não estou convencido. E creio que nem um capixaba que não saiba o real motivo esteja. Mas por hora vamos tentar digerir essa desculpa nos enfiada garganta abaixo. E devemos guardar o nosso certificado do curso de mandarim[1], pois as negociações ainda não pararam, e poderíamos ser solicitados para explicar o que realmente aconteceu para que fosse vetada a instalação da empresa em Anchieta, já que o governo e a empresa Baosteel não falam a mesma língua.

[1] Mandarim (em chinês tradicional: ; chinês simplificado: ; pinyin: Guānhuà, literalmente "fala dos oficiais", ou ainda, em chinês tradicional: ; chinês simplificado: , pinyin Běifānghuà, "dialetos do norte") é o nome dado a uma categoria de dialetos chineses aparentados, falados por toda a maior parte do norte e do sudoeste da China.

(Lucimar Simon)

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