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domingo, 23 de novembro de 2008

Texto: CONCEPÇÕES DE VERDADE...

ARTIGO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA

Considerações: Este artigo foi realizado com base em leituras complementares e extras curriculares do curso de História da UFES, bem como aproveitamento das ótimas aulas e conteúdos ministrados pelo professor orientador. A bibliografia utilizada estará relacionada na última página do mesmo.

Por: Lucimar Simon e Jordânia Lopes

Filosofia, Religião e História: Concepções de verdade.

Verdade da Filosofia ou Filosofia da Verdade? Como a verdade é abordada e conceituada no aspecto filosófico, religioso e histórico?

As crenças religiosas, ao estabelecerem a verdade absoluta, direcionam a capacidade de agir e pensar dos indivíduos. Dessa forma, é demonstrado pelas atitudes adotadas em relação aos novos saberes, o dogmatismo. Este se caracteriza pela crença de que o mundo é tal como o percebemos, explicado de maneira absoluta pelas religiões.

A verdade deve ser entendida, portanto, como uma interpretação última e virtual acerca das coisas, dos fatos, em suma, do mundo. Assim, as liberdades de pensamentos e de conhecimentos possibilitam as pessoas à busca pela verdade, ou seja, a identificação de preconceitos, idéias e opiniões estabelecidas. Essa interpretação última deve poder ser atingida pelos atos singulares do conhecimento e manifestada nos enunciados. Além disso, ela deve necessariamente ser pressuposta uma vez admitida uma instituição de sentido válida publicamente. O que formaliza a crítica á religião ao fazer referência ao encantamento do poder teológico e político-institucional. A dificuldade é que como o parâmetro é a comunidade de sentidos e esta não existe como uma coisa inerte da realidade, ela não pode funcionar tampouco como a “coisa absoluta” do realismo ingênuo, não deixando estas supostas concentrações de verdades reinarem em absoluto. Assim, a busca da verdade na atitude filosófica decorre da deliberação de não se aceitar as crenças estabelecidas.

A verdade deve ser entendida como a interpretação última a que se chegaria numa argumentação a qual pode exercitar-se a coerção da comunidade dos sentidos. Esta não precisa, concretiza-se em uma comunidade real de argumentação. Mas precisa sempre funcionar como horizonte normativo e regulativo. Para cada individuo singular ao conhecer e significar algo em sua ação de geração de conhecimento, sabendo que poderia haver uma falibilidade da sua comprovação.

Em torno da Filosofia, da Religião e da História estreita-se uma gama de assuntos pertinentes que resultariam em delongados discursos, os quais postulariam maiores ou menores informações para um público apreciador de uma problemática filosófica - histórica com o próprio ser e o universo, levando o espírito ao conhecimento de algo surreal, além das projeções humanas.

A Religião, a Filosofia e a História possuem um entrelaçamento que direcionam uma boa parcela das variantes discutíveis em diversos centros universitários e acadêmicos do mundo. Este é permeado pela plenitude dos assuntos que envolvem os seres humanos e que sempre estiveram no centro dos principais debates formulados por historiadores, filósofos e religiosos. Assim transparecem as dúvidas, a sensibilidade e a espiritualidade que constantemente atordoam as funções ocupadas por “homens comuns”.

E sabemos que os religiosos como Santo Agostinho, São Tomas de Aquino e outros tiveram grandes influências nas questões históricas, religiosas e filosóficas, e que suas correntes de pensamento estão ainda hoje causando repercussão em nossa sociedade.

“Agostinho de Hipona, foi um importante bispo do século V d.C, produziu uma obra que influenciou tanto o cristianismo de seu tempo quanto o cristianismo de épocas posteriores. Entre suas obras existe uma de grande repercussão, “A Cidade de Deus” que é considerada sua maior obra, sendo uma resposta aqueles que afirmavam ser o cristianismo responsável pela queda de Roma em 410 d.C”. (Silva, 2005: 75). A partir da análise desta obra temos uma síntese de um fato histórico se analisado pelo historiador, uma critica religiosa e um pensamento filosófico sobre as causas e conseqüências dos acontecimentos que culminaram a queda de Roma em 410 d.C.

Onde estaria a verdade? O que é verdade?

Sabemos que dentro da hierarquia religiosa a posição de bispo representa um ápice da carreira eclesiástica, e sabemos que como um corpo de especialistas, eles estavam incumbidos á difusão da mensagem evangélica e da gestão dos bens da salvação. (Bourdieu,1974: 35) Encarregados da educação e dos ensinamentos evangélicos, porém sabemos que eles atuavam em todas as esferas da sociedade bem como política, economia, religião e social onde sua influencia se fazia presente na sua posição efetivamente “moralizadora da sociedade” onde demandava até responsabilidades judiciais, a qual determinando em suas posses e medidas que levava ao julgamento todos os “opositores” do regime religioso a que detinha propriedade de diversos segmentos da sociedade da época.

O poder dos bispos era comparado ao dos patronos laicos, (Bajo, 1981: 204) e nos campos políticos eram mediadores de conflitos e representavam não só os tribunais com seus poderes judiciais mais também sua classe eclesiástica, a comunidade e seus fieis em alguns casos.

Esta condição de união de poderes religiosos e políticos poderia ser algo que compactava em uma só pessoa um vasto poder de decisão e execução passam a ter o poder de julgar e executar a pena, realizando todo desdobramento de um poder político – social.

Assim aquela teoria da existência de um único Deus, logo fica mais clara com a união das decisões sociais, econômicas e política em uma só pessoa, (o bispo da igreja), o poder teológico estaria superior ao terreno na qual a representação eclesiástica se faz presente.

A concepção histórica –filosófica - religiosa agostiniana tem prevalecido durante muitos anos, e junto a outros historiadores, filósofos, e religiosos, mantém um fundamento a qual leva vários contemporâneos a remeter-se em pensamentos sobre qual realidade o homem do passado viveu e o momento a qual se insere a sociedade atual, buscando um entendimento sobre as principais questões do cotidiano, avaliando verdades, mentiras, saúde, doenças e outras finalidades as quais os direcionam a filosofia fazendo um processo de reflexão em si mesmo, verificando um procedimento de encontro com o seu interior mediado pela realidade que os cercam.

Para Agostinho “a verdade habita o interior do homem”, e quando ele se afasta de seu interior em busca de algo para comprovar isso, realiza um caminho dito como uma circular que o remete para dentro de si mesmo causando uma decepção com o mundo externo. Esta é medida pela intolerância e descrença em seu próprio ser, a busca pela verdade não é externa, ela é algo interno, dentro do próprio homem, e realiza - se através de uma reflexão imediata no momento de crise a qual o ser humano está intimamente relacionado.

O encontro do homem com seu interior logo trás conflitos, os quais tornam- se irreparáveis a sua concepção de verdade, deixando- o por momentos sem a reparação do próprio efeito negativo causado a si mesmo. Neste momento talvez fique inclinado a aceitar como mais intuitiva essas respostas, como um conjunto de verdades empíricas (experiências e não estudos) possíveis, porém não necessárias a tua realidade espiritual, que agora encontra- se abalada.

As verdades religiosas foram postas como verdades últimas, absolutas, porém sempre leva o homem religioso ou não-religioso a conflitos, encontros e desencontros com situações que poderiam fortalecer ou destruí-lo, levando sempre buscar continuamente a verdade que poderia está ou não centrada na concepção religiosa.

As verdades históricas não ficam totalmente afastadas das verdades religiosas, uma vez que a história da humanidade se entrelaça com a história das religiões e estas estiveram sempre ligadas em momentos seculares da história humana como um todo.

Os domínios da história um dia foram domínios da religião, através da escrita que é neste momento conhecida e dominada pelos clérigos, eles faziam as anotações e transcrição da maior parte dos documentos caracterizados como históricos, logo podemos afirmar que os religiosos eram nossos historiadores no passado próximo. Isso fica mais claro quando são relacionados ao cristianismo que é considerada por vários historiadores como parte fundamental da história da humanidade ficando impossível a separação da história e do cristianismo.

Os historiadores modernos obtiveram através de análise desses documentos indícios, vestígios, que desmerecem algumas idéias até então inquestionáveis, e resgataram algumas possíveis verdades, e logo também realizavam com avanços notáveis a formulação de novas verdades, negando diversas concepções que até então eram postas pela religião como indiscutíveis ou totalizadas como verdades únicas, “verdades ultimas”.

Mas os historiadores não se baseiam apenas nos documentos e monumentos, fósseis e outros artefatos, eles fazem suas interpretações ou preenchem lacunas deixadas pelos antecessores, logo se não “acham a verdade” nos livros e escritos passados fazem a complementação, fazendo surgir “sua verdade” e argumentam para convencer de que esta seja a “verdade última”.

O objeto que move este artigo é a intenção de recusar qualquer alternativa que venha desqualificar toda e qualquer possibilidade de verdade e objetividade da História, e apresentar elementos para uma possível reinstauração entre a perspectiva e verdade. Essa discussão transborda obviamente o campo da História. Mesmo porque se origina no horizonte da Filosofia. Mas pretende encontrar aqui um campo, um horizonte de provas realmente instigantes, sobre tudo pela importância do fenômeno da História como elemento definidor de culturas e acontecimentos das sociedades de todos os tempos.

É na História que o homem busca sua convicção, dotado de uma certeza imensurável. O único problema de convicções desta natureza é o fato de que a sua obviedade a exclui da necessidade de ser explicada, ou esclarecida, com isso deixa se a necessidade de explicações as quais não são exigidas pelo campo aplicado.

“Segundo uma interpretação comum, inspirada no aristotelismo medieval, verdade é uma adequação entra a coisa mesma e a nossa representação ou a nossa enunciação a seu respeito. Mentira e falsidade, portanto, são justamente as inadequações, a não conformidade entre essa e a nossa representação e discurso. É verdade que o homem continua em seu papel ativo de sujeito constituinte da realidade que, portanto, deixa de ser realidade natural para ser realidade humanizada”. (Aristóteles).

Admitida a pluralidade das formas de vida, não há, portanto como negar a seguinte proposição: não há verdade, mas verdades, cujas validades são relativas ao interior das fronteiras das respectivas formas de vida. Nietzsche na sua concepção assume que: “A perspectiva é o parâmetro para si mesma, e, que a vontade de ser reconhecido é a medida de todas as coisas”. (Nietzsche).

E nesta concepção vários historiadores, pensadores, e filósofos e religiosos destilam suas argumentações sobre o conceito e definição de “verdade”. Sem dúvidas no passado, no presente e no futuro sintetiza-se em uma própria consciência individual que não deixa de ser interpretada em algumas vertentes como coletivas, uma vez que alguns indivíduos possuem uma forte influência sobre uma coletividade.

A verdade revelada (diretamente ligada à linguagem) desempenhou um papel fundamental dentro das mais variadas culturas (grega, latina e hebraica) por estabelecer uma relação importante entre os homens e a divindade. Assim, a palavra sagrada e verdadeira de Deus direcionada aos homens tem a função de esconder as coisas, o que permite relacioná-la a um discurso. Dessa forma, o papel de duplicidade misteriosa atribuído à linguagem pode, dependendo da intencionalidade, contribuir para a manutenção do dogmatismo ou, ao contrário, despertar a vontade de se buscar a verdade que se pode alcançar (ao contrário da verdade revelada).

É este o ponto principal (confronto entre verdades reveladas e verdades alcançadas) que a Filosofia procura se ocupar. Demonstrar a incapacidade (busca do inatingível) de se chegar por meio do exercício da inteligência e da razão humanas e ao entendimento divino: questão digna de atenção desde o surgimento do Cristianismo.

Dentre as diferentes concepções de verdade na Filosofia é possível destacar alguns pontos fundamentais que abrangem o campo da busca do verdadeiro. Assim, como exemplo de uma atitude crítica (filosófica) é necessário compreender as causas da diferença entre o parecer e o ser das coisas ou dos erros bem como entender os princípios necessários e universais do conhecimento racional. Além do mais, é imprescindível compreender as causas e os princípios da formação dos próprios conhecimentos, que se contrasta com o conceito de verdade absoluto ao afirmar, por exemplo, que o “Deus de ontem é o mesmo de hoje e o de amanhã” tendo em vista sua eterna sabedoria.

É de extrema importância, também, separar preconceitos e hábitos do senso comum da atitude crítica do conhecimento. Sendo assim, ao examinarmos a informação (conceito “pronto”) durante muito tempo apregoado pela Igreja Católica de que as crianças nasciam com alguma deficiência proveniente dos pecados cometidos pelos seus pais, podemos identificar até que ponto chegou o menosprezo quanto ao conhecimento (do caso, noção de biologia). Daí, esse pensamento se espalhar entre as pessoas afirmadas, ora como senso comum, ora como preconceito.

Ainda, no que respeita ao conhecimento, é importante tornar claro os procedimentos empregados e os critérios de sua realização. Assim, é possível delimitar um procedimento filosófico diferente daquele empregado pela Igreja, no qual as explicações para as coisas estavam, necessariamente, no plano transcendente.

Quanto às condições essenciais para se investigar o sentido ou a significação da realidade que nos cerca e da qual estamos inseridos é fundamental haver liberdade de pensamento. Proposta totalmente refutada, quando se analisa como exemplo o romance O nome da rosa de Humberto Eco em que a liberdade de pensamento era restringida. Isso fica claro quando o monge beneditino Jorge dos Burgos concebe o riso como pecado (o homem deveria viver o sofrimento como conseqüência do pecado original de Adão). Para manutenção de sua idéia, Jorge levou ao extremo seu desejo de restrição do pensamento quando envenenou as páginas do livro de comédia de Aristóteles.

Ainda, ao se tratar das exigências fundamentais da verdade, é preciso pontuar o papel desempenhado pela comunicabilidade. É indispensável que os critérios, os princípios, os procedimentos, os percursos realizados e os resultados obtidos possam ser conhecidos e compreendidos racionalmente. Exemplo contrastante com essa proposição é o fato de a Igreja, durante a Inquisição, ter buscado a comprovação para suas verdades por meios de provas obscuras, e não alcançáveis pela razão. Em decorrência deste aspecto, a própria transmissibilidade do conhecimento fica comprometida na medida em que não podem ser ensinados e discutidos publicamente. Verifica-se então o porquê do grande interesse em tornar as coisas ocultas (inquestionáveis).

A questão colocada pela Filosofia sobre a “VERDADE” busca alcançar o critério da veracidade, destituindo para tanto o conhecimento das ideologias. O que significa colocar fim a toda e qualquer dissimulação que ofusque a realidade com objetivo específico de explorar e dominar os homens. De maneira análoga à liberdade de pensamento, a verdade deve permitir tanto a liberdade de todos quanto a emancipação de todos.

Logo, como prerrogativa da Filosofia, a verdade deve ser objetiva, ou seja, compreendida e aceita universalmente com isenção da idéia de “neutralidade” e “imparcialidade”. Seguindo este viés, o sujeito do conhecimento está necessariamente envolvido na atividade do conhecimento, e este ao ser adquirido pode resultar em transformações que afetem a realidade natural, social e cultural.

Tudo isso contrasta com a subjetividade percebida na Filosofia cristã em que transparece o papel do mediador entre Deus e os homens (bispo) ao tomar para si uma posição, aparentemente, neutra e imparcial pelo fato de divulgar a verdade revelada. Em consonância com isso, a verdade torna-se imutável, totalmente alheia ao papel que o sujeito do conhecimento deve desempenhar.

Como provar que a fé e a razão, mas também a revelação e o conhecimento intelectual não são incompatíveis e/ou contraditórios? Qual a solução encontrada pelo Cristianismo?

Ao se tomar o conceito da razão legitimada na Filosofia, apreende-se sua significação com o pensar e falar ordenadamente e de modo compreensível para as pessoas que recebem, das mais variadas maneiras, a informação. Sendo assim, na origem (latina e grega), a razão demonstra a capacidade intelectual para pensar e, ao mesmo tempo, exprimir-se correta e claramente com a finalidade de dizer as coisas tais como elas são. Por isso, a razão constituir uma maneira de organizar a realidade pela qual esta se torna compreensiva. Ainda é possível afirmar que a razão é a segurança em se poderem organizar as coisas, pois são organizáveis, ordenáveis e compreensíveis em si mesmas e por si mesmas (daí a comprovação do caráter racional das coisas).

Tendo em vista a definição de verdade contida na Filosofia, verifica-se a impossibilidade de conciliar razão (palavra originada do latim ratio e do grego logos) com a idéia de verdade cristã. Diante disso, chegou-se a incompatibilidade entre a verdade proveniente de uma revelação (mediante a fé) e a razão. A crença religiosa caracteriza-se por não requerer um trabalho de conhecimento realizado pela própria inteligência. É a partir daí que se remete à questão proposta acima de como o Cristianismo conciliaria razão e fé.

Na busca da solução para essa lacuna, os filósofos cristãos passaram a distinguir luz natural (razão) da luz sobrenatural (revelação). Como ilustração dessa tentativa (“conciliação” entre razão e fé) é essencial citar São Tomás de Aquino. A partir de então há uma valorização do conhecimento natural a despeito da fé, tida como sobrenatural.

Para Tomás de Aquino, o conceito de verdade é perfeitamente enquadrado na concepção realista do mundo, bem como, é justificado pela experiência e razão. Assim, a verdade não se encontra nas coisas e nem no mero intelecto, mas sim na união destes dois. Esta união (adequação) é possível mediante as semelhanças entre o intelecto e as coisas, os quais apresentam um elemento inteligível. A verdade é manifestada à nossa mente pelo sinal da evidência (exterior). Quando se trata dos conhecimentos que não são evidentes (ou intuitivos), a verdade é alcançada à medida que estes mesmos conhecimentos são levados à evidência por meio da demonstração.

De acordo com Tomás de Aquino, o conhecimento verdadeiro parte do mundo sensível para as coisas compreensíveis. Em consonância com isso, pode-se afirmar que os conhecimentos sensíveis são evidentes, intuitivos, o que permite fazer a seguinte correspondência: todos os conhecimentos sensíveis são, por si, verdadeiros.

A discussão sobre a verdade absoluta é tratada também por Santo Agostinho de um modo que, a verdade não pode ser apreendida na experiência sensível (ao contrário do que afirma Tomás de Aquino), segundo Agostinho, o mundo dos corpos é mutável, o que possibilita a nossa alma a ceder algo próprio de si às percepções sensíveis, pois dessa maneira estas poderão vir à existência. A alma submete as percepções dos sentidos à sua própria atividade, o que descarta a idéia de uma passividade por parte dela. Ainda, Agostinho esclarece que a busca pela verdade é possível quando o homem a procura em seu próprio espírito (“a verdade habita o interior do homem”). Contudo, o espírito humano por não encontra em si mesmo a razão de ser está permanentemente na dependência de um ser supremo. É por meio da iluminação que a verdade é incutida no espírito humano por Deus. No entanto, a verdade alcançada desta forma pelo homem não é uma revelação sobrenatural, pelo contrário, é um fato natural.

Das muitas direções possíveis de serem tomadas por um filósofo, como se pôde observar dentro da Filosofia cristã, em que a decisão de tomar para si uma referência conduz o homem, inevitavelmente, ao “caminho da verdade”, é de extrema importância se fazer uma análise crítica (procedimento este, típico da atitude filosófica) de tais afirmações estabelecidas. Portanto, só dessa maneira se estará na busca da verdade, a qual resulta da argumentação e questionamentos (que se contrasta com a noção restritiva de verdade absoluta, mesmo diante dos diversos caminhos possíveis, mas que só levam a um ponto único) de não aceitar as certezas, as crenças e as verdades determinadas.

BIBLIOGRAFIA

CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000.

HIRSCHBERGER, Johannes. História da Filosofia na Idade Média. Ed. Herder. Tradução: Alexandre Correia, 1959.

ELÍADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

MARQUES, Antônio “Sujeito e Perspectivismo”. In: F. NIETZSCHE, Sujeito e Perspectivismo. Seleção de textos de Nietzsche sobre teoria do conhecimento, Lisboa: Dom Quixote 1989: 11-62.

SILVA, Érica Cristyane Morais. Religião e Pensamento Político no Mundo Antigo: Entre a Tradição Clássica e a Cristã / Gilvan Ventura da Silva, organizador. – Vitória, PPGHist, 2005.

Um comentário:

  1. Nossa Lucimar que artigo interessante, muito legal adorei.

    beijos

    Juliana

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