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quinta-feira, 21 de março de 2013

Texto: COTIDIANUS

COTIDIANUS

Crack, estalou a cadeira... Um sorriso, uma brincadeira, quantos pecados, um olhar, uma palavra, apenas brincando, sorrindo, falando. Sombras, sol, calor, verão ou inverno. Sonhar é permitir-se. Inventar-se é outra flexão verbal. Viver, verbo de primeira ordem. A cadeira deu um estalo. Os óculos escuros não escondia tudo. Bora, Vitória comprar passes. Bora correr trabalhar a tarde e nem tempo de almoçar. Não escondia tudo. Nem aquela saia justa na última cadeira do ônibus escondia tudo. “Seu policial não vou pular a roleta, perdi os documentos, vou viajar aqui na frente.” Seu policial no cumprimento de seu dever e no comprimento de sua pistola pede ao sujeito simples e não composto, a não ser pela própria visão da sarjeta. “O senhor pode descer no próximo ponto por favor:” Frase do polícia... Xingamentos depois que o ônibus arrancou é claro... “...”, “...”, . paramos, andamos, andamos, paramos, chegamos, compramos, voltamos tudo em terceira pessoa. Sorrimos, sofremos, brincamos, choramos, conversamos. Tudo em terceira pessoa. Estudamos, conversamos de novo. Reunião. Fala, fala, fala, língua de sinais, aprender verbo imperativo. Fecha a conta.

(Lucimar Simon)

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